quinta-feira, março 31

...e o teclado me falou de amor.

Hoje eu reparei no meu teclado,praticamente olhei no fundo dos “seus olhos” como nunca antes. Nele há algumas letras apagadas, umas mais que as outras, como as letras A, M, O. Isso me fez pensar em quantas vezes eu usei essas letras - exatamente na ordem em que as apresentei - a intensidade de cada uma, pra quantas pessoas diferentes e se eu ainda usaria com todas essas pessoas. O estranho é um pequeno risco branco indicando que ainda existe uma letra ali e me pergunto: quando se apagaram? Apagaram-se com a Constancia do uso, por que então não se apagaram totalmente? Deixei de usá-las? Deixaram de me perguntar? Deixei de amar?
Reparei também que as teclas estão bem sujas, o espaço que existe entre elas propicia uma gama enorme de possibilidades de uma sujeirinha entrona fazer morada. Insuficiência de limpeza à parte, entre mortos e feridos nem todas estão sujas, as preferidinhas estão totalmente intatas, limpas em perfeição. Pensei do que seria delas sem minhas expressões de amor, qual a solução de minhas perguntas sem essa prova tão necessária, pra que eu soubesse que não estariam limpas se eu não as usasse, ainda. Até que se prove o contrário, o exato se revela no básico. Perceber isso foi um prêmio sem mérito.
“O amor existe quando se tem a quem dar”- K.(resguardado o sigilo da fonte,haha)