quinta-feira, junho 3

Enveredação de um caminho



O amor, assim como a moral, se transformou ao decorrer das necessidades e mudanças de uma época. Talvez esse tipo de afirmação não seja coerente quando se trata de um sentimento imutável, mas quando se trata de humano não seria impossível tal tese. Há três décadas certas pessoas não amariam astros atuais da música ou investiriam em romances pela internet. Parece que as mudanças existem em todos os contextos, é preciso apenas que a sociedade se adapte a novos costumes e pronto, está feito!
Um tipo de amor programado biologicamente é amor de mãe, mas este também mudou ao decorrer das gerações. Antigamente os pais preparavam melhor seus filhos a aprender a falhar e com isso nem se ouvia falar em depressão, hoje existe a expressão: aah, passou a mão na cabeça do filho e ficou tudo bem. E o que isso tem a ver com amor? Tudo, diante de um sentimento tido como perfeito, uma preparação de legitimidade para com os filhos é fundamental, se não fosse assim o homicídio hoje não seria um índice. O amor completa e se algo fundamental nos falta, a vida já não tem tanto sentido assim.
Apesar de tudo parecer nada previsível, sempre existiu alguém que matou o amado e disse ser por amor. Mas seria mesmo amor?
O amor forma uma estrutura social, se ele muda ou vira um vício, recebendo o codinome amor, pode influenciar em muitos aspectos negativos. 
Por sermos humanos e sem suficiência para  pender pro que é correto temos a tendência de nos adaptar melhor ao que não é bom, por isso é preciso lembrar que não somos humanos, nós nos tornamos humanos, e fazemos parte de uma formação amorável, se não, não estaríamos sempre em busca do amor pleno que suaviza a alma e nos faz sentir que pertencemos a uma natureza temporária.


Nenhum comentário: