segunda-feira, dezembro 28

ABC

Ah, as palavras... E se eu pudesse soltar todas as que quero escrever agora, talvez me faltaria espaço ou tempo. As palavras formam caráter, conselhos, opiniões e com um conjunto destas, um diálogo. Podem magoar, ferir, enganar e mentir. Vêm maquiadas, iletradas, enfeitadas. E por mais características que surjam, as palavras têm poder de alguma forma.
Quem não saiba lutar kung-fu, basta organizar um par de frases e pronto, Estrago feito!
Persuadir monta uma fortaleza sua, com tijolos dos outros, mandar ou sei lá que nome pode ser dado a arte de malabarismo de palavras, mas admito que quando os assuntos são minhas fraquezas, meus calos e abusos, meu poder simplesmente some, é como se fosse uma criptonita sugando todas as possibilidades de alternativas.
É como se a raiva ou o excesso de palavras usadas contra mim oxigenasse meu cérebro e de alguma forma impedisse que uma, pelo menos uma frase se formasse e perambulasse o interior direto ao exterior.
Por isso que a palavra desabafo não existe em meu dicionário. Falta-me, me falta!
Pensar traz paciência e as palavras certas.

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